Uma das questões mais difíceis a serem respondida é a “quem sou”, uma vez que nossa identidade é construída com as experiências vividas. Sou uma professora-questionadora, acredito que levo os meus alunos a encontrarem respostas, em si mesmos, aos “problemas” apresentados em sala de aula. Paralelamente, por meio das reflexões feitas pelo conjunto de alunos e professor surgem perguntas que ainda não foram feitas.
Com isso, um novo caminho de estudo surge, despertando a curiosidades dos alunos que estão predispostos a se envolverem nos encontros das aulas. Essa predisposição se faz necessária, pois como bem cita José Armando Valente: “A experiência de aprender é tão prazerosa que não nos damos conta de que estamos aprendendo ou ensinando”. E esse prazer nos faz sair do ponto de partida alcançando novos caminhos, sendo assim passamos a ser construtores, e não mero transmissor, de conhecimentos.
Enquanto “agente de aprendizagem” a interação com o aprendiz é de suma importância, uma vez que o silêncio precisa ser quebrado com questionamentos, linhas de pensamentos diferenciados para que possam surgir desafios a serem superados ao longo de uma vida de aprendizagem. Sem interação não há uma aprendizagem de fato, uma vez que estamos inseridos numa sociedade.
A troca de conhecimentos é um dos privilégios desta profissão, pois a fala dos alunos me leva a fazer muitas descobertas, e com isso constantemente vai mudando minha forma de ensinar-aprender.
Quando essas mudanças me traz segurança, sinto-me confortável e incentivada a querer aprender-ensinar ainda mais. No entanto, quando me deparo com o desconhecido o sentimento é de desconforto, apesar de despertar também a curiosidade. Na realidade há um grande paradoxo, pois enquanto agente de aprendizagem incentivo os alunos a não temer o novo, a falar seus pensamentos, já enquanto aprendiz o medo do fracasso impede-me de crescer profissional e pessoalmente.
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