quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Apenas compartilhando o que gostei

Um texto excelente de Ana Lígia Lira.... Vale a pena divulgar! Parabéns a quem o escreveu! Ei-lo:

Genial não é quem choca, não é quem agride com sua pseudo arte. Genial é quem surpreende e acolhe.
Há 20 anos chegava aos cinemas o filme O Auto da Compadecida, baseado na obra do Mestre Ariano Suassuna. O filme trazia um Jesus negro, uma Maria idosa, uma estória de adultério, um trambiqueiro, um mentiroso, um monte de cangaceiros , um Padre e um Bispo bem interessados em dinheiro. Mas sabe de uma coisa? Foi escrito por um gênio! Foi escrito sem agredir, com doçura e delicadeza. Com respeito e bondade. Em nada ofendeu aos católicos. Não levantou bandeiras, mas foi a obra mais inclusiva que o Brasil já teve, colocando um negro sentado no trono de Cristo. 
Não, nós católicos não nos doemos com tudo. Não venha dizer que nós católicos não temos senso de humor ou somos racistas por estarmos revoltados com a afronta do " porta dos fundos ". Ninguém, nunca, jamais, em tempo algum cogitou processar Ariano Suassuna por conta da obra dele. Arte é arte, afronta é afronta. Vamos tratar cada coisa conforme a sua natureza. 
Artista é artista. Canalha é canalha.

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