sábado, 3 de maio de 2014

Ausência

Ausência

Aquela que não permite reviver a alegria plena dos pequenos momentos
Aquela que desfaz a doçura de um carinho
Aquela que é fonte de dor, solidão e vazio.

A Ausência que faz mal
que mata
que tira a beleza
do que pensava ser perfeito

Ausência, lâmina afiada
que corta e destrói
A história que foi cosida
Ao longo da vida, ou num momento

De que adianta se fazer presente em minha vida,
se ao piscar meus olhos você já estará ausente?
De que adianta entregar-me um doce,
e privar-me de degustá-lo?

Presença, como arma de sua autossatisfação
Ausência, em decorrência da saciedade do seu desejo
Presença, isca a capturar sua presa.
Ausência, desapego pelo o que já fora conquistado

A Ausência que apaga as belezas
das melhores lembranças.
A Ausência nos faz perceber
Que um ser lembrado é um ser amado.

Assim, como matar a sede,
se a água se faz ausente?
Como encontrar o caminho,
se não há mais luz?
Como sentir-te em mim,
se você já se foi?

Esperar, até que todas as pessoas se ausentem de sua vida
para que você possa me enxergar?
Esperar, até que não tenhas outra saída a não ser eu,
aquele brinquedo velho que serve de distração
enquanto não se tem algo melhor?

Até quando poderei suportar suas ausências?
Até quando serei seu refúgio para não viveres
os vazios que os outros deixaram em sua alma?

Até quando?
Até quando eu não sei ...

Mas sei que esta ausência... fere e mata
Fere a alma, mata as boas recordações
Esta ausência.... enfraquece e apaga
Enfraquece o admirável e apaga o meu amor.


(SANTOS. Michelly Pereira dos 02/05/14)


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